Em 2020, ano o mundo todo entrou em estado de alerta. A pandemia de Covid-19 exige uma resposta rápida da humanidade, que teve de se reinventar para sobreviver a este novo e difícil período. Mais de um ano depois percebe-se que a inevitável pressão, gerada pelos desdobramentos da pandemia, teve seus efeitos intensificados em muitas pessoas que não conseguiram a tempo desenvolver a habilidade da Comunicação Emocional.
Depressão, falência, separações e fins bruscos de ciclos de relacionamento são alguns dos resultados que podem ser evitados com um entendimento e gerenciamento melhor das emoções na comunicação.
Segundo o especialista, Rômulo Santana, a comunicação emocional é um estado de consciência dos sentimentos, dentro do processo de transmissão e recebimento de informações. “Nós nos comunicamos o tempo todo, seja intensamente, em nossos pensamentos ou com um terceiro e essa comunicação, por mais que muitas vezes acreditemos que é estritamente racional, ocorre através das emoções”, pontua.
Em um momento tão delicado como o que a humanidade atravessa, Santana aponta que a Comunicação Emocional pode ajudar as pessoas a lidar com os desafios que uma pandemia trouxe. “Ter sempre medo da doença, ficar longe dos amigos, ter de trabalhar em casa e enfrentar uma outra série de privações são fatores que são intensificados de forma crítica, se uma pessoa não consegue estabelecer uma comunicação que saudável seja, empática, e que respeite as partes envolvidas, e tome como parte envolvida, o próprio emissor. Com isto as pessoas vão ficar mais estressadas, não percebem que os problemas estão intensificados por este momento singular e não entendem como gerenciar bem como processos de comunicação minimizar os danos ”, afirma.
Como os resultados deste processo de comunicação deficitário, as pessoas desenvolvem cada vez mais doenças psíquicas, tem dificuldade de manter soluções e buscam soluções para os problemas. “A falta de habilidade em Comunicação Emocional pode culminar em altos índices de inadimplência, como pessoas descontam em compras desnecessárias para tentar suprir o não gerenciamento das emoções, a baixa estimativa e estão sempre precisando de“ algo ”para ser mais feliz ou mais bonita, assim como também em altos índices de divórcios, cada vez mais pessoas estão se divorciando por não saberem se comunicar emocionalmente e acabam se separando não pela falto do amor e sim pela falta de compreensão da comunicação do outro ”, explica.
Santana aponta ainda que a falta de habilidade em comunicação emocional pode inclusive ter impactos severos na economia. “Empresas duram em média, 01 ano no Brasil, e isso não ocorre apenas por não saber administrar, ou falta de conhecimento em empreendedorismo, está relacionado também ao não gerenciamento das emoções. A empresa existe, porque existem pessoas e as pessoas não sabem lidar com as emoções, como vão conseguir gerenciar seu próprio negócio? ”, Indaga.
Para o especialista, pensamento, gera sentimento, que gera comportamento que gera resultados. “Quando tomamos consciência do que estamos sentindo é como estivéssemos assumindo o controle dos nossos pensamentos e dessa forma conseguimos interver e gerenciar nossas emoções para ter maior clareza no objetivo da nossa comunicação, seja internamente ou com outro ser humano”, avalia.
O especialista aponta ainda que a Comunicação Emocional pode ser aplicada em todas as áreas da vida. “Nos serviços amorosos, profissionais, familiares, amigos e inclusive financeiro. A forma que nos comunicamos está diretamente relacionada aos nossos resultados. Quando eu me conecto com os meus sentimentos, eu consigo gerenciá-los e ter maior clareza dos objetivos e automaticamente, consigo conectar-se emocionalmente com a outra pessoa, e essa conexão faz o receptor de informação se encantar, confiar, interagir e, principalmente, compreender a minha informação ”.
Solução
Santana aponta que não existe um milagre do dia para a noite para adquirir uma Comunicação Emocional. O que existe é exige muito treino, prática e repetição para adquirir essa habilidade. Outro ponto importante, que esse exercício é diário e não existe um término para essa prática, em resumo, temos que praticar todos os dias, fazer parte da nossa rotina. Meditar, ter uma boa alimentação, praticar atividades físicas e fazer terapia são algumas das ações que podem ajudar neste processo ”, finaliza.