{"id":1568,"date":"2021-10-26T02:23:07","date_gmt":"2021-10-26T05:23:07","guid":{"rendered":"https:\/\/meioemkt.com.br\/?p=1568"},"modified":"2021-10-26T02:23:07","modified_gmt":"2021-10-26T05:23:07","slug":"s-o-s-rufca-contra-impostos-nos-medicamentos-conheca-o-gestor-publico-que-esta-a-frente-do-movimento","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/meioemkt.com.br\/s-o-s-rufca-contra-impostos-nos-medicamentos-conheca-o-gestor-publico-que-esta-a-frente-do-movimento\/","title":{"rendered":"S.O.S Rufca contra impostos nos medicamentos Conhe\u00e7a o gestor p\u00fablico que est\u00e1 \u00e0 frente do movimento."},"content":{"rendered":"

Campanha quer isen\u00e7\u00e3o total de impostos sobre Medicamentos<\/strong><\/p>\n

Consultas regulares, medicamentos de alto custo e or\u00e7amento familiar totalmente comprometido com a sa\u00fade. Essa foi a realidade de Rommel, 56 anos, durante o tratamento de um enfisema pulmonar, doen\u00e7a que se desenvolve nos tecidos do pulm\u00e3o. \u201cEm determinado momento, feitas e refeitas as contas, percebi que a cada tr\u00eas meses eu pagava praticamente R$ 2 mil s\u00f3 de impostos ao governo\u201d, afirma Roberto Rufca, que ajudava o irm\u00e3o nos gastos com broncodilatadores, corticoides e outros medicamentos durante o tratamento. O quadro cl\u00ednico de Rommel se agravou e ele n\u00e3o resistiu, morrendo no in\u00edcio deste ano de 2021.<\/p>\n

No Brasil, os impostos sobre medicamentos variam de 18% a 42%. Quem vive em pa\u00edses como Inglaterra, Canada\u0301 e Col\u00f4mbia n\u00e3o se preocupa com isso: por l\u00e1, a tributa\u00e7\u00e3o sobre os rem\u00e9dios simplesmente n\u00e3o existe. Diante do cen\u00e1rio brasileiro e do caso do irm\u00e3o, Roberto Rufca criou uma campanha, levantou uma bandeira e chamou a sociedade para uma causa: exigir isen\u00e7\u00e3o total de impostos sobre rem\u00e9dios.<\/p>\n

Sem a tributa\u00e7\u00e3o, o risco de uma pessoa suspender o tratamento por falta de dinheiro vai diminuir e, assim, a sa\u00fade deixar\u00e1 de disputar o or\u00e7amento com outros gastos essenciais, como alimenta\u00e7\u00e3o b\u00e1sica, por exemplo. \u201cUm adesivo transd\u00e9rmico usado no tratamento do Mal de Alzheimer custa mais de 700 reais. Para conter o avan\u00e7o do Mal de Parkinson, existem rem\u00e9dios que chegam a custar 400 reais. No caso do c\u00e2ncer, um medicamento custa inimagin\u00e1veis R $2 mil, praticamente dois sal\u00e1rios m\u00ednimos. Quem pode pagar estes valores? \u201d. A tributa\u00e7\u00e3o sobre os rem\u00e9dios cria duas\u00a0perversidades<\/em>: num primeiro plano, ela sobrecarrega o SUS, j\u00e1 que algu\u00e9m que enfrenta um c\u00e2ncer e n\u00e3o tem dinheiro para comprar os medicamentos tende a ter complica\u00e7\u00f5es cl\u00ednicas, podem precisar de interna\u00e7\u00e3o, cirurgia, UTI. Na outra face dessa moeda, esse volume de impostos, que afasta o brasileiro comum de cuidados mais preventivos com a sa\u00fade, refor\u00e7a a percep\u00e7\u00e3o de que cada um de n\u00f3s paga muitos tributos sem ter a contrapartida esperada em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 qualidade dos servi\u00e7os p\u00fablicos. \u201c\u00c9 um bin\u00f4mio que parece antag\u00f4nico, mas, na verdade, as quest\u00f5es se complementam\u201d, afirma Rufca. \u201cTudo isso j\u00e1 seria suficientemente complexo, mas precisamos lembrar que a economia brasileira n\u00e3o saiu do lugar na \u00faltima d\u00e9cada. Nosso PIB praticamente n\u00e3o oscilou nestes 10 anos. E o resultado dessa enfermidade econ\u00f4mica est\u00e1 a\u00ed: crise social, crescimento da inseguran\u00e7a alimentar \u2013 o nome bonito que os tecnocratas d\u00e3o para a fome dentro de casa -, infla\u00e7\u00e3o em alta, seja dos alimentos, do pre\u00e7o do botij\u00e3o de g\u00e1s ou do valor dos combust\u00edveis nas bombas dos postos. Al\u00e9m disso, 15 milh\u00f5es de desempregados, 12 milh\u00f5es de brasileiros que est\u00e3o se virando sabe Deus como e uma infinidade de jovens nas grandes cidades que n\u00e3o trabalham e n\u00e3o estudam, os chamados Nem-Nem\u201d, enumera.\u00a0\u201cZerar os impostos sobre os rem\u00e9dios \u00e9 ter sensibilidade para ampliar os horizontes e mudar a realidade, universalizando os acessos, marca das democracias europeias que t\u00eam vigor e que, por isso, d\u00e3o respostas mais efetivas aos seus povos\u201d, finaliza.<\/em><\/strong><\/p>\n

Quem est\u00e1 \u00e0 frente dessa campanha<\/strong><\/p>

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