Transtorno atinge at\u00e9 17% dos alunos no mundo; neuropediatra alerta para educa\u00e7\u00e3o inclusiva nas escolas<\/i><\/p>\n
O m\u00eas de novembro \u00e9 marcado pelos dias da alfabetiza\u00e7\u00e3o e de aten\u00e7\u00e3o \u00e0 dislexia – dist\u00farbio caracterizado pela dificuldade de leitura e escrita. As datas alertam para a educa\u00e7\u00e3o inclusiva nas escolas. No Brasil, o Instituto ABCD estima que aproximadamente 4% da popula\u00e7\u00e3o possui o dist\u00farbio. Entre alunos do mundo todo, a dislexia \u00e9 apontada como o transtorno com maior incid\u00eancia, atingindo de 5 a 17%.<\/p>\n
\u201cA dislexia \u00e9 classificada como um transtorno espec\u00edfico de aprendizagem (TEAp) que se manifesta por meio de um conjunto de sintomas, podendo envolver leitura lenta ou incorreta de palavras e dificuldades de soletra\u00e7\u00e3o, por exemplo. \u00c9 uma doen\u00e7a heterog\u00eanea, ou seja, com intensidades e necessidades vari\u00e1veis de indiv\u00edduo para indiv\u00edduo\u201d<\/i>, explica o Prof. Dr. Vitor Haase, neuropediatra e pesquisador da healthtech Treinitec.<\/p>\n
Segundo ele, o diagn\u00f3stico pode ser confirmado ap\u00f3s os oito anos de idade, devido \u00e0 matura\u00e7\u00e3o neurol\u00f3gica de \u00e1reas essenciais para aprendizagem. Contudo, os primeiros sinais podem ser observados antes mesmo do per\u00edodo de alfabetiza\u00e7\u00e3o.\u00a0<\/i>Dr. Haase afirma que educadores s\u00e3o fundamentais para auxiliar na identifica\u00e7\u00e3o do transtorno e apoio a especialistas.<\/p>\n
\u201cO diagn\u00f3stico e tratamento da dislexia envolve uma equipe multidisciplinar de profissionais da sa\u00fade e educa\u00e7\u00e3o, em parceria com escola e fam\u00edlia. A identifica\u00e7\u00e3o precoce permite que, al\u00e9m de terem conhecimento a respeito do que est\u00e3o lidando, professores realizem interven\u00e7\u00f5es em sala de aula e encaminhem estudantes para uma avalia\u00e7\u00e3o interdisciplinar\u201d<\/i>, diz.<\/p>